Páginas

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Violins começa turnê de novo álbum em Goiânia


           Disco está disponível em cd, download pago e download gratuito


Onze anos de carreira, sete discos, várias participações nos principais festivais de rock independente do país. Este é o currículo da Violins, umas das bandas goianas que mais tiveram projeção no circuito alternativo nacional. O vocalista e guitarrista Beto Cupertino, o tecladista Pedro Saddi, o baterista Fred Valle e o baixista Thiago Ricco lançaram oficialmente o álbum “Direito de Ser Nada”, pela Monstro Discos, no dia 27 de abril, com direito a dois shows, na Fnac do shopping Flamboyant e no Diablo Pub. 

Embora tenha sido disponibilizado para download em meados de 2011, “Direito de Ser Nada”, o sétimo álbum da banda, chegou às lojas no final do ano. Os próximos shows de divulgação serão no festival Bananada, em Goiânia, no 6 de maio, Belo Horizonte, Sete Lagoas e Brasília. Para a Violins, não há nada mais aconchegante que tocar em Goiânia, reencontrar amigos e fãs. “É sempre muito legal e a expectativa é a melhor possível”, afirma o vocalista. 

Sobre a trajetória da Violins, Beto relembra fatos que marcaram a banda. Entre eles, o show de lançamento do álbum “Aurora Prisma”, ocorrido em 2003, no Teatro Goiânia. Na ocasião a banda estimava que poucas pessoas fossem comparecer, mas, o teatro lotou e muitos não assistiram ao show. Além deste, outra apresentação que os memorável foi a de comemoração dos 10 anos da banda, no auditório do Ibirapuera, em São Paulo, pois, acharam o ambiente bonito e especial. “Têm muitas histórias, muitos momentos legais nesses 11 anos de banda”, completa. 

Álbum 

Ao ser questionado se a disponibilização do disco para download gratuito é uma forma de burlar a pirataria, Beto afirma que a pirataria não interfere muito nas vendas dos discos de uma banda independente. Ele acredita que o motivo pelo qual as pessoas não adquiram o disco físico é outro. “A geração que cresceu ouvindo a banda é uma geração digital”, diz. A intenção do Violins é disseminar a música e, para isso, disponibiliza o álbum em cd, download pago e download gratuito “tem todas as mídias para todo mundo”, completa. 

A banda acredita que a disponibilização em várias formas é importante para agradar o público em geral. “Tem gente que compra o disco, camiseta e o download”, diz Beto. Como é o caso do analista de comunicação, João Damásio. Para ele o diferencial da banda é o fato da mesma não “obrigar” os fãs a adquirirem o disco e por isso ele faz questão de comprar “eu sinto vontade de materializar e ter o disco físico e compro pra contribuir e incentivar a banda”. 

Link do Álbum: http://www.violins.com.br/

Confira os clipes: "Rumo de tudo" e "É como está"

Arte e literatura caminham juntas no site “O Diário de Virgínia”

A autora utiliza sua criatividade ao abordar temas inspirados em sua vida, na vida das pessoas que a cercam e em coisas que a emocionam.




O Diário de Virgínia é um webcomic criado e produzido pela designer visual Cátia Ana, 28, formada em Design Gráfico pela Universidade Federal de Goiás (UFG). O site é fruto de um projeto que mistura a arte dos quadrinhos com a linguagem da internet.

A ideia de criar o Diário surgiu em 2009, mas o primeiro capítulo só foi ao ar em fevereiro de 2010 e, o website, em março do mesmo ano. Cátia conta que começou o projeto para se forçar a produzir e não cair na mesmice.

A autora buscava fazer algo totalmente autobiográfico, mas percebeu que não conseguiria tratar livremente alguns temas e, então, criou a personagem Vírginia, “com ela posso ter mais licença poética para falar de algumas coisas que me incomodam ou até dilemas de pessoas a minha volta”, comenta satisfeita.

Em forma de diário ilustrado a designer procura explorar novas possibilidades de formatos e narrativas, a fim de tornar a leitura mais prazerosa e com uma mensagem mais agradável a cada capítulo. Para tanto, Cátia procura inspiração em “algum filme, alguma música, algo que simplesmente me toque e me dê um insight para alguma história”, conta.

O diário possui 17 capítulos em português sendo que, 10 deles também podem ser conferidos em inglês. Além de ilustrações especiais, sem ligação direta com a história central, que mesclam poesia e arte, como no caso da historinha “O que cabe em bolsa de mulher?” e uma versão do poema “A procura da poesia”, de Carlos Drummond de Andrade.

Além de conferir os capítulos do diário ilustrado, o internauta pode saber mais sobre o projeto, detalhes da criação dos capítulos, novidades sobre o mundo dos quadrinhos na internet e conhecer mais sites de webcomics.

Mudanças



O website sofre mudanças a cada capítulo a cada história nova. Segundo a designer a primeira grande mudança ocorreu no segundo capítulo, quando ela incluiu dois sentidos de leitura para a história (vertical e horizontal). “Também foi nele que abandonei a ideia de fazer páginas
que pudessem ser reaproveitadas para o meio impresso e decidi explorar
ao máximo a tela infinita do computador”, completa.

Depois disso, Cátia acrescentou também um mecanismo que possibilita ao leitor clicar na tela do computador e arrastar a história para ler. Segundo a autora essa não foi uma tarefa fácil já que não encontrou o código para isso logo nas primeiras pesquisas. “Alguns meses depois um
webquadrinhista chamado Daniel Queiroz, que na época estudava na UNESP e estava fazendo um TCC sobre webcomics, entrou em contato comigo me passando esse código, que ele criou e batizou de Compassus”, lembra.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Nos passos da saúde

Turma da Melhor Idade do Setor Universitário caminha para uma vida saudável.

Fácil, sem custo ou contra-indicação, emagrece rápido, tonifica os músculos, reduz os riscos de doenças e deixa o astral lá em cima! E então, vamos nessa? Esse é o convite feito pelos componentes do “Grupo de Caminhada Nunca é tarde para começar” do Setor Universitário, região leste de Goiânia a todos os moradores do setor e de setores adjacentes.

A prática de exercício físico na terceira idade não só é importante para melhorar a força física do idoso, mas um bem necessário para fugir da depressão e conviver socialmente. Participar na vida comunitária e continuar a ter projetos são fatores essenciais para viver com qualidade. Caminhada e hidroginástica são os mais recomendados para quem já passou dos 50 anos. Isso sem falar que se exercitar favorece muito a saúde do corpo todo: combate o colesterol ruim, estimula a circulação sanguínea, aumenta a capacidade cardiorrespiratória e a densidade óssea, favorece o controle de doenças como diabetes e hipertensão e ameniza desequilíbrios posturais e articulares.

Fundado há cinco anos, o grupo conta com aproximadamente 45 pessoas da Melhor Idade que praticam a caminhada três vezes por semana, das 7h às 8h30 na Praça Fábio Nasser. Todos, devidamente uniformizados, aquecem, caminham, e depois iniciam os trabalhos de flexão. “Estou com esse grupo há quatro anos, e sinto diferença no meu corpo, desde o primeiro dia. Hoje tenho disposição para fazer quase tudo. Recomendo essa atividade para todas as idades”, conta Eurípedes Alves, 72, eletricista aposentado, e um dos poucos homens dentro do grupo.

A caminhada, em sua maioria, é composta por moradores do bairro, o que não impede que moradores de setores próximos ou distantes possam ingressar no grupo. O grupo é formado basicamente por mulheres, que antes de começarem os serviços domésticos, buscam na caminhada um ânimo extra para enfrentar o dia. As atividades ao ar livre e em grupos ajudam a conhecer novas pessoas e fazer amigos. “Nos tornamos uma família. Organizamos festas de aniversário, Natal e cafés da manhã”, diz Zilda França, 71, moradora do setor e uma das organizadoras da caminhada. Em seu bloco de notas, faz o controle das pessoas que estiveram presentes em todas as caminhadas, e que ao sentir a falta de algum integrante, entra em contato com o mesmo para saber o porquê da ausência. “Ligo para todos que não vêm. Fico no pé mesmo”, acrescenta.

Os trabalhos físicos realizados na praça contam com o auxílio de dois professores de Educação Física, Tadeu João e Juliana Alves, e da estagiária, Jaqueline Dias, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Além deles, conta também com a ajuda, duas vezes por ano, de estagiários de enfermagem coordenados pela professora Bárbara de Souza, da UFG. Aferem a pressão arterial, pesam, e medem a altura de todos os presentes no local.

Professora de outra área, a bióloga Célia Maria, 62, que participa da caminhada, afirma ter sentido melhoras em todos os aspectos de sua vida, inclusive no lado psicológico. “Estou mais disposta a fazer as tarefas de casa. Minha pressão, saúde e humor, melhoraram com essa caminhada”.

O projeto Caminhando com Saúde, da Prefeitura de Goiânia, foi criado em 1992 e hoje atende uma estimativa de 1.500 pessoas/dia em 12 praças e bosques de Goiânia em diferentes regiões da cidade com alongamento, ginástica localizada, orientação aos caminhantes e verificação de pressão arterial e outras atividades no período matutino e alguns locais no período noturno/fim de tarde.

Os conteúdos são: Caminhada Sistematizada, Ginástica Localizada, Alongamento, Educação Postural e, quando possível, momentos de verificação de pressão arterial. Em cada um dos locais onde o programa está instalado há um profissional de Educação Física lotado na SEMEL que desempenha o papel de professor e dinamizador das atividades propostas. Se no local houver ações nos dois turnos, então haverá um professor para cada turno. Estes profissionais também organizarão festividades, comemorações e passeios ao longo do ano, como por exemplo: festa junina, comemoração de aniversários e viagens.

Cuidados

São muitos os benefícios que a prática regular de exercício físico traz para os idosos, no entanto, existem alguns cuidados que devem ser levados em conta para evitar dores, desconforto, acidentes, lesões e manter a motivação em alta. A prevenção é, como sempre, o melhor caminho a seguir.


  • Consultar sempre o médico assistente antes de iniciar qualquer plano de exercício físico.
  • Começar devagar, principalmente se já não pratica exercício físico há muito tempo – 10 minutos duas vezes por dia ou uma aula semanal, para depois ir aumentando muito gradualmente. 
  • Nunca se esquecer dos exercícios de aquecimento e de relaxamento no início e no final de cada sessão de ginástica. 
  • Esperar pelo menos duas horas depois de cada refeição antes de praticar qualquer tipo de exercício físico. 
  • Manter-se hidratado durante qualquer atividade física – o idoso deve beber água antes, durante e depois de cada sessão de ginástica. 
  • Saber praticar corretamente a atividade física e assegurar que esta é, acima de tudo, segura. Se praticar ciclismo, deve usar um capacete apropriado, por exemplo. 
  • O idoso deve familiarizar-se com o local onde pratica exercício físico, nomeadamente os perigos existentes, para evitar qualquer tipo de acidente ou lesão. 
  • Sempre que praticar exercício físico, o idoso deve vestir roupa larga e confortável, que facilite os movimentos. Se estiver ao ar livre, o vestuário deve ser de cores bem visíveis e/ou complementado por um colete refletor. 
  • O calçado usado para praticar exercício físico é muito importante: deve ser apropriado ao tipo de atividade a ser praticada; ter uma sola lisa, que não escorregue e não seja nem muito alta, nem muito baixa; deve conter espaço suficiente para mexer bem todos os dedos dos pés e proporcionar o apoio total do calcanhar. 
  • O idoso deve praticar exercício físico ao ar livre sempre que possível, evitando naturalmente as horas de maior calor e frio. Se a sua atividade física ocorrer num espaço fechado, deverá ter em atenção a qualidade do ar, principalmente se tiver problemas respiratórios. 
  • Quando o tempo estiver frio ou chuvoso, o idoso pode fazer a sua caminhada habitual dentro de um centro comercial, por exemplo. 
  • Se sentir qualquer um dos seguintes sintomas – tonturas, falta de ar, náuseas, dor ou pressão no peito, braço, ombro ou pescoço; suores frios ou qualquer tipo de dor nas articulações – o idoso deve parar imediatamente. 
  • Se o idoso tiver alguma articulação inchada, vermelha e sensível ao toque, deve evitar qualquer tipo de exercício físico e procurar o médico no caso de os sintomas persistirem. 
  • Se o idoso se sentir doente, com tosse, febre, constipado ou com gripe, deve adiar a ginástica para quando estiver completamente recuperado. 
  • Depois de uma doença ou lesão, um idoso deve recomeçar o seu plano de exercício físico do início e não retomar no ponto em que estava antes da sua paragem.

Fé pela música

 

“A fé move montanhas”. Nos dias de hoje, essa frase pode ser traduzida como “a fé também move a economia de um país”. No Brasil, empresários e grupos cristãos que investem na venda de produtos religiosos ou na propagação de Jesus Cristo não podem reclamar do mercado.

A música Gospel movimenta bilhões de reais ao mês no comércio de CDs, DVDs, livros, camisetas, terços e uma infinidade de artigos que louvam e edificam a Deus. Esse gênero tem crescido significativamente e pode ser analisado com base no investimento de gravadoras multinacionais que passaram a investir nesse “ramo”. Parte desse fenômeno se deve também à melhoria do poder aquisitivo dos evangélicos, que acompanha o crescimento econômico do país.

Sem dúvida o crescimento da igreja evangélica no Brasil é significante. Nos últimos anos a música gospel ganhou destaque no cenário musical brasileiro. Sucessos lançados caem na boca do povo, coisa que dez anos atrás era quase impossível de acontecer. Algumas músicas merecem um destaque maior, e são tocadas até em rádios não-Gospel, como: “Faz um milagre em mim”, Régis Danese e, “Eu sou de Jesus”, Irmão Lázaro. Há também outras que ficam apenas no universo evangélico, mas que também faz muito sucesso.

O Brasil é o segundo país com maior número de evangélicos no mundo, ficando apenas atrás dos EUA. Esse prodígio vem principalmente das igrejas pentecostais que pularam de 9,5% em 1930 para 66% do total de evangélicos em 1980, sendo lideradas pela Igreja Evangélica Assembléia de Deus, que comporta o maior número de fiéis do país. O crescimento é tal que se continuar no mesmo ritmo, segundo estatísticas, a igreja evangélica no Brasil alcançara 50% da população no ano 2045. Contudo alguns outros fatores proporcionaram o crescimento da música gospel, como: desenvolvimento das produções; ritmos mais populares com conteúdo cristão; e grande qualidade vocal.


As produções evangélicas hoje se tornaram referência para os outros gêneros. Os cantores seculares já as ouvem para aperfeiçoarem seus projetos, principalmente a técnica vocal. Além disso, gravadoras seculares conceituadas estão contratando cantores evangélicos e produzindo discos com conteúdo cristão. Como é o caso da gravadora Som Livre, das organizações Globo, que investe cada vez mais no segmento. Emissoras que antes ignoravam o movimento evangélico hoje abrem espaço pra tal movimento. Por exemplo, a Rede Globo recentemente fechou parceria para a organização do Troféu Promessas 2011, que será transmitido por ela.

Na esfera mais musical, especificamente nos ritmos, as transformações contribuem também para esses avanços. O rock, pop, dance, funk, hip-hop, pagode, axé, samba, forró, reggae, dentre outros, são facilmente achados nas produções evangélicas. Sem esquecer também da música clássica, que ainda existe de forma minoritária. O público evangélico é exigente com respeito à técnica vocal. Além de unção, carisma e boa música, o cantor deve ter uma boa técnica vocal.

História da Música Gospel

Apesar da origem norte-americana, há diversos aspectos na história da música Gospel semelhantes com a musica do Brasil. A cultura brasileira teve diferentes rumos, porém as raízes têm mesma origem e formas: a religião católica, predominante desde a colonização do Brasil.

“Boas Notícias”

A palavra Gospel em resumo significa: “Boas Notícias”. O Gospel é mencionado no Novo e Velho Testamento. Apesar de simples, tem significado profundo; são os anúncios que Deus nos proporciona para seguirmos nosso caminho através da fé e sabedoria divina. “O remédio de Deus” entre outros significados. Muitas outras interpretações podem ser formuladas dentro do conceito de “Boa Notícia”, fato de discussão entre os pastores até hoje. Como exemplo da complexidade da palavra está a afirmação do Diácono Whrite a respeito: “Jesus era uma boa notícia ao mesmo tempo em que ela a trazia para os que necessitavam”.

A música Gospel que conhecemos hoje é uma forma de música com profundas raízes na tradição dos escravos afro-americanos assim como nas músicas africanas tradicionais. Suas fundações vieram dentro de um enorme choque cultural que, de uma maneira sofrida, porém criativa, agregou a cultura africana com as tradições européias.

Arte circense na visão do artista de rua, Johny "Bulacha"

"Bulacha" e sua turma.

Pelas ruas sem asfalto e esburacadas, o palhaço gargalha, os acrobatas fazem rápidas exibições, o homem fantasiado tenta equilibrar-se sobre as longas pernas de pau, o trapezista exibe seu corpo e a mulher barbada se mostra sob um véu.

De pintura no rosto, roupas simples, pinos coloridos nas mãos, sempre com bom humor e dizendo palavras de estímulo para os motoristas que param no semáforo, o artista Bulacha se apresenta com seu grupo. A rua é seu palco, a peça dura 30 segundos, e se repete quase todos os dias. Nesse picadeiro urbano como tantos outros, o rapaz simples e que mora em um cômodo no centro da cidade. Bulacha, faz com que os segundos de espera dos motoristas se tornem um pouco mais divertidos.


Patrick Cândido - Como está o trabalho circense hoje em dia?

Johny (Bulacha)- Hoje em dia está muito bom. Temos uma atuação e aceitação maior aqui na cidade. Estamos a cada dia aprimorando as técnicas circenses.

P.C - No Estado de Goiás e no Brasil, o circo é pouco divulgado. De que forma vocês pretendem expandir a divulgação dessa arte?

Johny - Estamos nessa luta há muito tempo, participando de convenções, espetáculos e encontros, de forma que a população possa ter acesso à arte e ao circo.

P.C- A falta de apoio do governo seria um dos maiores obstáculos que vocês enfrentam?

Johny - Sim. A falta de apoio de todas as partes: imprensa, governo, produtores e empresas, faz com que as pessoas tenham um enorme problema para participar dos eventos.

P.C - Qual a formação das pessoas que trabalham nessa área?

Johny - Depende. Muitos não se julgam circenses. Apenas querem promover eventos. Têm muitas pessoas que por ter um excelente equilíbrio são aprovados nos testes. Outros entram em uma faculdade, mas só em casos raros, quando a pessoa tem outras rendas e consegue se sustentar.


P.C - Podemos dizer que o circo é passado de pai para filho?

Johny - Não. Eu, por exemplo, não sou de família circense e faço do circo minha vida, minha história e aprendo na rua. Há, sim, uma tradição, mas no caso da minha turma não existe.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Obra de Guimarães Rosa é analisada em livro de professora da Faculdade Araguaia

Autora investiga processo criativo da obra ‘Tutaméia: Terceiras estórias’ através de textos originais.

 
O último trabalho publicado em vida de Guimarães Rosa (1908-1967) é objeto de estudo da professora da Faculdade Araguaia Sandra Paro, no livro ‘Crítica textual em Tutaméia: terceiras estórias no prosseguir, a travessia rítmica’. Nele, a autora investiga o percurso de criação da obra ‘Tutaméia: Terceiras estórias’, através da análise de manuscritos e datiloscritos deixados pelo escritor mineiro.
  
Segundo Sandra Paro, foram necessários aproximadamente dois anos e meio para a realização de seu trabalho. Para a professora, além da própria análise textual, o deslocamento e os processos burocráticos foram os maiores obstáculos para a produção de sua obra.

“Eu tive de ir até a cidade de Cordisburgo, em Minas Gerais, onde estão os manuscritos de Guimarães Rosa. Tive de pedir uma autorização ao Iphan daquele estado para conseguir estes documentos e para analisá-los e publicá-los. Depois é a análise propriamente dita que também é um pouco complexa”, relatou.

A análise do livro do escritor mineiro é a segunda produção literária publicada pela autora. Mestra em crítica literária, Sandra acredita que seu trabalho terá boa aceitação no meio acadêmico e literário.

Sandra Paro.
“É um livro recomendado para os amantes de literatura, filólogos, estudantes de Letras e de Comunicação. Enfim, os estudiosos de um modo geral com certeza irão gostar”, afirmou.
Lançado no início de abril, no Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ), ‘Crítica textual em Tutaméia: Terceiras estórias no prosseguir, a travessia rítmica’ pode ser adquirido através do site www.editoraprismas.com.

Sobre João Guimarães Rosa:

http://www.releituras.com/guimarosa_bio.asp

Sobre o livro ‘Crítica textual em Tutaméia: terceiras estórias no prosseguir, a travessia rítmica’:

http://editoraprismas.com/loja/product_info.php?products_id=82&osCsid=d04eb26a0d4d2b0323024db1567ac3dc

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Um pedaço da Itália em Goiás

Nova Veneza, reduto dos primeiros colonos italianos no Estado é referência de cultura e boa comida. Um dos principais festivais gastronômicos do País acontece no final deste mês.

Por Carlos Eduardo Faria, Clarissa Barbosa e Mara Rubia Silva

Uma pequena cidade no interior de Goiás, com 8,5 mil habitantes e a 29 km de Goiânia é conhecida como a “Colônia dos Italianos”. Este ano, comemoram-se os 100 anos da imigração italiana para o município de Nova Veneza.

Berço das primeiras famílias italianas a se instalar no estado, Nova Veneza busca manter suas raízes num importante trabalho de vivência da língua italiana, da cultura e da gastronomia tão marcantes dos seus colonizadores.

Para isso, implantou o idioma italiano nas escolas municipais e realiza de 31 de maio a 3 de junho o Festival Italiano - Gastronomia e Cultura, já em sua 8ªedição. A festa atrai pessoas de todo o país.

A cidade de Nova Veneza foi a precursora dos festivais de gastronomia e cultura no estado de Goiás desde 2003, quando foi realizada a primeira edição do festival. Durante a festa o coral ‘Anjos de Veneza’ e o grupo de dança ‘Di Veneza’, compostos por alunos da rede municipal de ensino, se apresentam, além do grupo “Ítalo Brasileiro de Danças de Nova Veneza’ e outras atrações artísticas como cantores e grupos musicais que representam as atrações italianas, principal motivo do evento.

O prefeito, Luiz Antonio Milhomens Stival, fala sobre o surgimento da cidade, a ocupação pelos italianos e sobre esta edição do Festival.


O prefeito Luiz Antonio Stival 
recebe turistas de todo o Brasil.
Repórter: Como se deu a colonização dos italianos em Nova Veneza?

Prefeito:
A nossa cidade é diferente. Ela foi fundada por italianos, que vieram juntamente com suas famílias cultivar o café no século passado, lá em 1912. Chegaram da Itália, da região de "Venda". Os colonizadores chegaram pelo porto de Santos. Algumas famílias se ramificaram, indo para Santa Catarina, Curitiba, Rio Grande do Sul e algumas para Minas Gerais. As famílias Peixoto e Stival se instalaram aqui em Goiás, onde existia muita terra boa para cultivo. Quando chegaram em Nova Veneza já haviam algumas famílias, como a família Souza. Alguns italianos foram para Anápolis, que era referência comercial na época, e viram que a terra era muito fértil, montanhosa e com o clima igual ao da Itália, o que os agradaram muito. Alguns italianos ficaram aqui em Goiás e outros e foram buscar toda sua família na Itália para morar aqui. Aqui a colonização italiana começou com o cultivo do café, daí veio a parte religiosa trazida por eles, dando início assim à formação de uma cidade. Seu primeiro nome foi "Distrito de Anápolis" e nesse período houve um fato interessante. Na Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil invadiu o "Monte Castello", com alguns brasileiros lutando na Itália, os italianos que estavam aqui ficaram com medo de sofrer retaliação pelos brasileiros, pois aqui era uma colônia italiana. Tiveram então que mudar o nome da cidade para "Colônia de Goianaz" em função da guerra. Apos o final dela, voltou-se o nome para Nova Veneza. A cidade foi então emancipada em 14/11/1958 e passou a ser município. E desde então vários prefeitos passaram por aqui e ajudaram a construir a história da cidade.

Repórter: E quais são as principais atividades culturais, tanto na música como na arte, oferecida pela cidade?

Prefeito:
Nova Veneza é o berço da civilização cultural italiana em Goiás, sendo a única no Estado. O restante do país pensava que aqui só existia pasto, que não tinha cultura, que vivíamos somente da agricultura e da pecuária. Nós quebramos essas barreiras e investimos muito na área cultural, buscando uma identidade para a cidade, enquanto muitos municípios perderam os valores da sua identidade. É uma preocupação do município manter a nossa identidade, principalmente por estar perto da capital, correndo o risco de perdê-la com o progresso. Ao contrário de outras cidades do entorno de Goiânia, nós preservamos a identidade italiana e religiosa, onde temos a terceira maior festa religiosa do estado, que é a festa da Nossa Senhora do Carmo. Temos também grandes artistas na música, na arte e o idioma italiano nas escolas municipais.

Repórter: Como é desenvolvida a cultura italiana nas escolas?

Prefeito:
A partir do pressuposto da preservação da identidade italiana no nosso município, implantamos o idioma italiano nas escolas da rede municipal para que as crianças não percam seus valores, pois como os imigrantes vão morrendo, o idioma se mantém vivo. A preservação do idioma é um resgate da cultura. Temos também a dança, o coral e o centro de gastronomia e o festival vem agregando todos estes valores. O festival italiano é o carro chefe do município e é o que projeta Nova Veneza no sentido turístico e também da cultura.

Repórter: Como é aceitação por partes das crianças em relação ao idioma?


Prefeito:
No primeiro momento tivemos uma dificuldade por ser um idioma novo e, com isso, enfrentamos várias barreiras. Mas avançamos muito e queremos, no futuro, que essas crianças façam um intercâmbio cultural com a Itália, mandando alunos para estudarem lá, voltarem para cá e recebermos alunos italianos aqui para troca de experiências culturais. Então a cada dia temos quebrado barreiras para a consolidação da cultura italiana, com a língua italiana. Fácil não é, mas somos muito determinados. Quando queremos, fazemos as coisas acontecerem.

Repórter: Sobre o Festival Italiano, fale mais sobre ele...

Prefeito: O festival oficialmente é o carro chefe do município. Ele projetou Nova Veneza não só pra Goiás, como pro Brasil e para o mundo, sendo reconhecida internacionalmente. Além dele ser um evento turístico, tem um cunho cultural e é o único italiano que acontece em Goiás. E o que eu vejo é um encontro da família, um intercâmbio cultural com outros estados, como Santa Catarina, que tem uma cidade co-irmã conosco, de mesmo nome, com trocas de experiências culturais. O festival se consolida a cada ano com superação de público a cada edição, onde a cidade ganha muito com isso, a economia e cultura também. Este ano acontecerá de 31 de maio a 3 de junho e deixo o convite aberto a todos para virem participar. Mesmo com toda a escassez de recursos, aqui impera a lei da criatividade, da honestidade e do desprendimento. Hoje o prefeito tem que estar preparado para os desafios de realizar uma boa gestão com poucos recursos públicos e, no meu caso, encerro neste final do ano meu segundo e último mandato, com o dever cumprido, visto que Nova Veneza tem se desenvolvido muito.



Veja também:

Italiano na prática


Os alunos da Escola Municipal Tereza Zanine Peixoto, João Carlos e Ana Clara, acham importante e gostam muito do ensino da língua italiana no ensino fundamental. Eles até aprenderam a falar algumas palavras em italiano, como "bonjorno" que significa "bom dia" em português, e "buona notte" para "boa noite". A aluna do terceiro ano, Ana Clara, já canta em italiano. Confira um trecho da música de Laura Pausine, que ela interpreta, neste vídeo:


http://www.youtube.com/watch?v=wzi_7u-BMr0&feature=related

Confirmados os principais shows musicais da Exposição Agropecuária


Grandes nomes como Michel Teló e Paula Fernandes são os destaques deste ano. 


 Michel Teló é uma das atrações mais esperadas da Pecuária 2012.

A 67ª edição da maior feira de agronegócios e lazer do estado de Goiás divulgou o seu calendário de shows. A Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) informou as atrações musicais que vão desde a artistas iniciantes do sertanejo universitário a nomes consagrados no cenário nacional, a exposição deste ano mantém o foco na música sertaneja e agradará também o público infantil.

O autor do hit internacional, “Ai se eu te pego” fala da responsabilidade de tocar na terra do sertanejo: “Ter minha música tocada em Goiás é uma honra! Sou de Mato Grosso, vizinho daqui e é sempre muito bom cantar pros goianos. Aqui o povo gosta mesmo de sertanejo”, comenta Michel Teló.

Outra grande atração é a cantora recordista de vendas de CD´s e DVD´s de 2011, Paula Fernandes. Ela encerra a Pecuária deste ano.

Confira a agenda de Shows:

19/05 – João Bosco e Vinícius + Kleo Dibah e Rafael
23/05 – Cristiano Araújo
24/05 – Patati e Patata
25/05 – Eduardo Costa
26/05 – Michel Teló
31/05 – Thiaguinho + Sambô
01/06 – João Neto e Frederico
02/06 – Paula Fernandes

Data: De 11 de maio a 3 de junho de 2012

Local: Parque Agropecuário Dr. Pedro Ludovico – Goiânia – GO.

Bate papo, musicalidade e garra

Fredox Carvalho, músico e fotógrafo.
Por Denise Gonçalves Soares e Igor Soares


Hoje vamos conhecer mais sobre um profissional que se movimenta em duas carreiras artísticas. Fredox Carvalho, 30, é graduado em Fotografia e Imagem pela Faculdade Cambury. Atualmente, trabalha em um projeto intitulado ‘Fredox Photographic e Rabiscaria’. Atua, principalmente, na área do fotojornalismo, mas também divide o seu tempo com a carreira musical, sua outra grande paixão. Antes de fazer parte da banda Kamura, que mistura o rock dos anos 70 com muito metal old school, hard core e uma pitada de grindcore, Fredox tocava na banda Space Monkeys. Confira os principais trechos do nosso bate-papo!

Como você concilia a carreira musical e a carreira de fotógrafo?

Fredox: Olha não é uma tarefa muito fácil, pois os dois me tomam tempo, mas a agenda sempre manda, dai o que for surgindo primeiro a gente marca, é assim, conciliação!


Quando e como você entrou para o “mundo da música”?

Fredox: Meu grande sonho era tocar bateria, mas como não tinha condições e meu irmão tinha um violão guardado, eu comecei a estudar sozinho, depois estudei na EMB, em Brasília e as coisas foram acontecendo pra mim, sempre tocando com os amigos, o palco sempre foi a minha grande escola. E eu espero nunca me formar nessa escola!

Quais são/foram as suas principais influências?

Fredox: Os clássicos do rock foram minha grande influência, bandas como: Queen, Led Zeppelin, Black Sabbath e o blues mais antigo como Mudd Waters e Howlin Wolf.

Qual é o significado do nome Kamura?

Fredox: Kamura significa homens de honra.

Quais são os seus projetos futuros?

Fredox: O Kamura entra pra gravar o disco agora no final de maio.Já com as fotos farei uma exposição no Tattoo Rock Fest com as pinturas corporais. E preparo para o meu livro sobre o mesmo tema que deve sair no final do ano.

Após três anos, Madonna retorna aos palcos brasileiros

Nova turnê chega ao Brasil no final do ano. Fãs aguardam ansiosos.



Os fãs brasileiros da diva do pop já podem comemorar. Foram confirmados três shows da cantora Madonna, no Brasil. As apresentações acontecerão nas cidades de São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, nos dias 1, 4 e 9 de dezembro, respectivamente.


Em São Paulo o show será no Estádio do Morumbi. No Rio, a apresentação será no Parque dos Atletas. Já em Porto Alegre, o público assistirá ao show no Estádio Olímpico. Os ingressos de todas as apresentações já estão disponíveis para venda no site Tickets for fun, em pontos de vendas autorizados (confira a lista) e nas bilheterias oficiais.


Os shows fazem parte da nova turnê, intitulada MDNA, também título do 12º cd da Madonna. A cantora começará a nova turnê no dia 29 de maio em Tel Aviv, Israel, passará ainda por mais 26 cidades europeias, depois irá para a América do Norte. Em seguida passa pelo México, América do Sul e encerra a turnê na Austrália, onde não faz shows há mais de 20 anos.


Expectativa


Ianka Rodrigues aguarda
ansiosa pela turnê no Brasil.
A estudante, Ianka Rodrigues Pimentel de Sousa, 15, fã da rainha do pop, há seis anos, comemora a possibilidade de assistir a um dos shows brasileiros, “Os shows da rainha são sempre únicos, eu nem imagino qual vai ser minha reação ao ver aquela loira no palco, será uma mistura de sonho realizado, com euforia e loucura”.


Assim como Ianka Rodrigues, Bruno Lovatti da Silva, 21, que assistirá ao show, no Rio de Janeiro, está eufórico, “Minhas expectativas são as melhores possíveis, Madonna reina sempre”. Mas acredita que os preços estão um pouco salgados, “Os valores são altos demais, dessa vez extrapolaram. Fiz mais esforço pra ir pelo fato de Madonna representar muito para mim e claro para o mundo da música, afinal ela é a rainha!”.


Os produtores da turnê no Brasil alegam que o preço está alto devido à fragilidade das políticas para o acesso a ingressos de meia entrada e pela falta de fiscalização. E lamenta pelos espectadores que agem corretamente na compra do ingresso.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Um sorriso à vida

Sozinho, artista de rua busca apoio de colaboradores para tornar o sonho de levar o circo à crianças e jovens carentes uma realidade



"Bulacha", artista de rua.


Conhecido nas ruas como “bulacha”, apelido dado desde a infância, Johny Robson, 26, malabarista, tem como um dos seus objetivos de vida a concretização de um sonho: contagiar as pessoas com o malabarismo. Ex-office boy, largou o emprego para se dedicar à felicidade dos outros. Malabarista por vocação, tem no chamado “Novo Circo”, sua inspiração. “Percebi que como office boy não teria oportunidades de crescimento dentro da empresa. Saí da empresa e começei a vender balas na rua”, conta.

O novo circo é um movimento recente que adiciona às técnicas de circo tradicionais a influência de outras linguagens artísticas como a dança e o teatro, levando em conta que a música sempre fez parte da tradição circense. No Brasil existem atualmente vários grupos pesquisando e utilizando esta nova linguagem.

O projeto “Encontro Goiano de Malabares e Circo” tem o apoio direto e indireto de 50 pessoas. São pessoas das mais diversas áreas. “Temos no nosso meio, cantores, contadores de história, pessoas da cultura popular, entre outros”, acrescenta. O encontro entre os artistas era semanal.

Lançado em 2007, o projeto tem como objetivo mostrar para o Brasil que no estado de Goiás há outras coisas boas, além da música sertaneja. “Como goiano, quero mostrar para o Brasil que aqui no estado há outros tipos de cultura”, diz.

A primeira apresentação do grupo contou com a presença de 2 mil espectadores. Nos dois dias do evento, crianças, jovens e adultos prestigiaram o projeto, que não teve fins lucrativos. Hoje os eventos realizados pelo grupo são de sete dias, com uma participação maior de artistas do teatro, da música e do circo.

Trabalho de rua

A mudança de cor do farol é a deixa para o artista entrar em cena: o sinal passa de verde a vermelho e ele ganha o meio da rua equilibrando-se em um monociclo; ou então fazendo malabarismo — ora jogando facas ao ar, ora clavas de fogo. Não se cobra nada pelo espetáculo, mas é bom se o distinto cidadão que passa de carro contribuir com um trocado em reconhecimento ao trabalho. Também é de grande valor um aplauso, um sorriso, um gesto de incentivo. “As pessoas não costumam apoiar o nosso trabalho. Acham que o que estamos fazendo, é algo que aprendemos de um dia para o outro”, afirma Johny.

Por não cobrar nada pelas apresentações, uma das principais dificuldades do grupo é conseguir apoio financeiro. Segundo ele, há empresas patrocinando o projeto com valores simbólicos e com as impressões dos folhetos.

Mesmo não tendo apoio, Johny é reconhecido pelos projetos que coordena. Em sua casa no centro da capital, acumula vários troféus, como: bi-Campeão brasileiro na modalidade penta clown, que são corridas de monociclo, parada de mãos e jogando claves; um primeiro lugar na competição de resistência de dois diabolôs, que são ioiôs chinês; entre outros.

História

Segundo o dicionário Houaiss, malabarista é “aquele que, para divertir o público e ganhar a vida, exibe extrema habilidade de destreza de movimentos de corpo, especialmente com jogos que consistem em agarrar objetos atirados ao ar”. É uma das mais típicas artes de circo. Também está associado em geral com o mundo do circo.

Lamentavelmente, algumas pessoas o relacionam com sentido prejorativo. Malabarismo como atividades típicas de um "palhaço", sem levar em consideração que se trata de um contexto de atividades complexas que, para a sua aprendizagem, requer muitas horas de treino. Segundo estudos, praticar atividades como o malabarismo podem produzir mudanças significativas na estrutura do cérebro e melhorar seu funcionamento.

O malabarismo é uma técnica muito abrangente, que trabalha a concentração, atenção, lateralidade, coordenação motora, respiração, reflexos, etc… podendo ser associada a diversas técnicas terapêuticas com o objetivo de estimular diferentes áreas do organismo de forma lúdica. Uma opção que serve inclusive no tratamento de diferentes patologias.

Os eventos

Malabariando
Mistura do malabares com a educação; um pouco das artes do circo e do trabalho nas ruas. Acontece toda terceira segunda-feira do mês, na Praça Boa Ventura, no setor Vila Nova.
Grupo Trip Trapo
Contos de histórias indígenas de circo e teatro.
Forró de Lona
Pessoas se caracterizam como palhaço e apresentam números durante o show.
Favelhaço
União de grafiteiros e Djs; com o intuito de criticar os “vícios” que as pessoas têm.
Só querê fazê”
Reúne artistas de rua, músicos, palhaços, atores e criadores; um trabalho que vai além do circo e do teatro
Trabalho de rua
Trabalhos de malabarismos nos semáforos e praças.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Arte em vacas movimenta Goiânia

Exposição pública de artistas locais divide a opinião de goianienses. Mostra vai até dia 8 de maio.


O famoso ditado goiano ganha forma com a exposição .


“As esculturas de vacas em fibra de vidro são decoradas por artistas locais e distribuídas pelas cidades, em locais públicos como estações de metrô, avenidas e parques. Após a exposição, as vacas são leiloadas e o dinheiro é entregue para instituições beneficentes da cidade”, explica a diretora Ester Krivkin, da Top Trends, agência responsável pela “CowParade” no Brasil. São 62 vaquinhas com intervenção das mais variadas formas de artistas goianos. A mostra que começou em 14 de março ficará exposta por dois meses em vários bairros de Goiânia. 

Com o investimento da Prefeitura de R$ 1,5 milhão, a Secretaria Municipal de Cultura quer movimentar a cena artística da cidade. E ela conseguiu, pois a exposição provoca diferentes reações. Ao mesmo tempo em que fomenta o trabalho dos artistas locais envolvidos nas produções também levanta o debate do alto valor de uso do dinheiro público. “Uma vaca decorada custar R$ 25 mil é muito dinheiro. E nada garante que esse investimento retornará em um leilão no final da exposição”, lamenta o professor Humberto Tahan. 

Para a universitária Telma Sousa, “ver as vaquinhas espalhadas pela cidade alegra nosso dia”, comenta. “Pena que elas já estão sofrendo com vandalismo”, reclama o artista plástico André Arantes, mencionando o fato ocorrido ainda no primeiro dia da exposição com a obra de Siron Franco, no centro da cidade.

Importância, prioridades ou custos do que se pode chamar de “arte”, o fato é que Goiânia entra no circuito de uma das mais populares e aclamadas mostras públicas de arte do mundo.

Confira aqui os artistas selecionados: http://blitzcultural.blogspot.com.br/2012/04/50-artistas-goianos-foram-escolhidos.html

50 artistas goianos foram escolhidos para a exposição Cow Parade

Júri composto de jornalistas, professores e artistas analisaram 219 projetos. 49 nomes foram escolhidos e assinaram as vaquinhas. Siron Franco participou como convidado especial.

"Vaca atropelada", obra de Siron Franco.

Goiânia recebeu pela primeira vez um dos maiores e mais bem-sucedidos eventos contemporâneos de exposição de arte de rua do mundo. A CowParade é uma exposição de arte que há 11 anos roda o mundo todo e já passou por 90 cidades. No Brasil, a CowParade esteve em São Paulo (2005), Curitiba e Belo Horizonte (ambas em 2006) e Rio de Janeiro (2007), São Paulo e Porto Alegre (2010) e foi vista por mais de 150 milhões de pessoas.

As vacas são pintadas por artistas locais, desde amadores e desconhecidos até profissionais e famosos. Cada artista selecionado receberá R$ 500,00 como prêmio e mais R$ 500,00 de ajuda de custo para confecção das obras.

Segundo o criador da ‘Vaca Anfíbio, Nonatto Coelho, ‘uma das maiores dificuldades é começar qualquer obra de arte. É sempre meio confuso, mas após os primeiros traços a imagem geral vai surgindo. Porém, quando vi o projeto com o desenho da vaca no papel, não imaginava o trabalho que seria pintá-la na escala deste objeto tridimensional. A irregularidade das formas foi o maior desafio da pintura’.

Uma das metas da exposição é promover a responsabilidade social. Por isso, ao final de cada temporada, as vaquinhas são arrematadas em leilões beneficentes com renda revertida para obras sociais das comunidades envolvidas. O projeto já arrecadou quase R$ 4 milhões para ações de responsabilidade social no Brasil. A arrecadação obtida pelo leilão será destinada a entidades sem fins lucrativos.

Comitê de seleção dos projetos em Goiânia

Formado pelos seguintes profissionais:

- Antônio da Mata: diretor de cinema da Secretária Municipal de Cultura;
- Mauricio Mota: design e arquiteto;
- Flávia Rodrigues: arte-educadora da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia;
- Amaury Menezes: artista plástico que presidiu os trabalhos do comitê; 
- Madalena Cabral – artista plástica e Mestre em Arte Urbana da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia.

Artistas Selecionados

Confira a lista dos 50 artistas que participaram da CowParade – Circuito das Vacas, na cidade de Goiânia e suas respectivas obras.

1) Alejandro Zenha – Vaca Déco
2) Alexandre Liah – Vaca do Cerrado
3) Alessandra Alves Mendonça – Vaca Karajá
4) Alessandra Favorito – É de cowração
5) Alice Nascimento Gomes de Oliveira – Oasis
6) Anna Carolina Cruz Veiga Almeida – Maravilha goiana
7) Ana Paola dos Reis – Rendada
8) Carolina Costa Garcia - Borboletas no Estômago – Vaca Apaixonada 9) Cristina Ferrari – Cowrespondência
10) Dilvan Borges – “sem título”
11) Edimar Borges Veiga – Dourada
12) Edney Antunes – Flower Power
13) Eduardo AioG – Cow City
14) Eduardo Luz – Cerrado. Arte de Cara Limpa.
15) Eliezer Ricardo e Francisco Santos – Cow Pequizeira
16) Euripedes Sanana Rosa – Vaca Pantaneira
17) Fernanda Brandão – Mosaico W
18) G. Fogaça – Vaca Cow-urbe
19) Gabriel Silva Côrtes – Cow Ipê-Amarelo
20) Gidel Alves Feitosa Santana – O crepúsculo do Cerrado
21) Graffirma Crew — Que parede ?
22) Gregory Kravchenko – Mió de Goiás
23) Helder França – Vaca-lume
24) Heliana Almeida – Pequi
25) Helena Vasconcelos – As cores do folclore goiano
26) José Augusto Pereira Zeka Neto – Robôi
27) José Joel da Costa Souto – Michael Jackson
28) José Luiz Vale de Carvalho – O que tinha no meu pasto?
29) Leo Romano – Ecowlógica
30) Lucídio Gomes Avelino Filho – Vaca Amarela pulou a janela
31) Marcelo Peralta – Fogo Cerrado
32) Marcos Teles – Cow in road
33) Marcos Naves – Narcisa
34) Meire Santos e Leonardo Maia – Cowzinha
35) Múcio Nunes – Machine Cow
36) Nonatto Coelho – Vaca anfíbio
37) Rafael Ferreira Borges – Ruínas da Atlântida
38) Rodolfo Capuzzo – RaraVaca
39) Sandro Torres – Cow Street Cow
40) Sarah Nunes de Freitas Ottoni – Crochetcow
41) Seilla Regina – Cowlibras Leitora
42) Tânia Maria da Silva – Esperança
43) Thiago Moreira – Cow Reminder
44) Victorio Bastos – Pequi
45) Vinícius Vargas Vieira dos Santos – Karajá
46) Vitor Hugo Cunha – Camuflagem
47) Waltercio Silva Costa – Meu primeiro emprego
48) Walter José de Carvalho – Dracow
49) Wemerson Dhamaceno – Descowlada
50) Siron Franco (Convidado especial) - Vaca atropelada

Veja mais fotos das Vacas e sua localização em Goiânia no link:
http://cowparade.com.br/go/galeria.php

Goiânia - Vandalismo nas obras da Cow Parade revolta população

Espectadores criticam postura de vândalos. Para eles a depredação das obras é um desrespeito ao trabalho dos artistas locais.


Obra: "Oasis". Depredada por duas vezes.

Desde que chegou à capital, o circuito das esculturas de vacas atraem não somente a atenção de quem passa, mas provoca também reações contra as obras. As três vacas expostas, no Parque Vaca Brava, são as que mais sofrem. Elas tiveram partes retiradas, quebradas e arranhadas, já passaram por reparos e sofreram novamente com atos de vandalismo.

A situação tem causado muita revolta e comoção em grande parte da população. O empresário e estudante de Publicidade e Propaganda, Rodrigo Lagoa, avalia negativamente as ações contra as obras. “Sou contra quem picha, suja, tenta roubar, porque desvaloriza o trabalho de uma pessoa.”

A estudante de Jornalismo, Tatiane Fernandes, também é contra atos que agridem as obras. “Eu fiquei um pouco decepcionada e triste com a reação de algumas pessoas com a exposição, porque é raro haver investimentos dessa magnitude na cultura, em Goiânia.”

A exposição, criada há 11 anos, já passou por 90 cidades no mundo. No Brasil a mostra percorreu as cidades de São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Segundo os organizadores as esculturas são em formatos de vaca, porque representam algo mágico, são sagradas, históricas e despertam sorrisos.

Cow Parade em Goiânia

Várias esculturas de vacas, em fibra, pintadas por 50 artistas goianos ocupam pontos estratégicos da cidade. Segundo o produtor local, Sandro Torres, “a mostra é democrática e heterogênea, já que foram escolhidas pessoas diferentes, independente de serem artista, designer, arquiteto ou publicitário, para compor as obras”.

O circuito das vacas permanece em exposição, em Goiânia, até o dia 8 de maio.  Depois as peças serão leiloadas e, o dinheiro, revertido para instituições beneficentes. O lance inicial de cada peça é de R$ 5 mil. Confira a lista com a localização de cada obra no site: http://www.cowparade.com.br/.