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terça-feira, 24 de abril de 2012

Arte em vacas movimenta Goiânia

Exposição pública de artistas locais divide a opinião de goianienses. Mostra vai até dia 8 de maio.


O famoso ditado goiano ganha forma com a exposição .


“As esculturas de vacas em fibra de vidro são decoradas por artistas locais e distribuídas pelas cidades, em locais públicos como estações de metrô, avenidas e parques. Após a exposição, as vacas são leiloadas e o dinheiro é entregue para instituições beneficentes da cidade”, explica a diretora Ester Krivkin, da Top Trends, agência responsável pela “CowParade” no Brasil. São 62 vaquinhas com intervenção das mais variadas formas de artistas goianos. A mostra que começou em 14 de março ficará exposta por dois meses em vários bairros de Goiânia. 

Com o investimento da Prefeitura de R$ 1,5 milhão, a Secretaria Municipal de Cultura quer movimentar a cena artística da cidade. E ela conseguiu, pois a exposição provoca diferentes reações. Ao mesmo tempo em que fomenta o trabalho dos artistas locais envolvidos nas produções também levanta o debate do alto valor de uso do dinheiro público. “Uma vaca decorada custar R$ 25 mil é muito dinheiro. E nada garante que esse investimento retornará em um leilão no final da exposição”, lamenta o professor Humberto Tahan. 

Para a universitária Telma Sousa, “ver as vaquinhas espalhadas pela cidade alegra nosso dia”, comenta. “Pena que elas já estão sofrendo com vandalismo”, reclama o artista plástico André Arantes, mencionando o fato ocorrido ainda no primeiro dia da exposição com a obra de Siron Franco, no centro da cidade.

Importância, prioridades ou custos do que se pode chamar de “arte”, o fato é que Goiânia entra no circuito de uma das mais populares e aclamadas mostras públicas de arte do mundo.

Confira aqui os artistas selecionados: http://blitzcultural.blogspot.com.br/2012/04/50-artistas-goianos-foram-escolhidos.html

50 artistas goianos foram escolhidos para a exposição Cow Parade

Júri composto de jornalistas, professores e artistas analisaram 219 projetos. 49 nomes foram escolhidos e assinaram as vaquinhas. Siron Franco participou como convidado especial.

"Vaca atropelada", obra de Siron Franco.

Goiânia recebeu pela primeira vez um dos maiores e mais bem-sucedidos eventos contemporâneos de exposição de arte de rua do mundo. A CowParade é uma exposição de arte que há 11 anos roda o mundo todo e já passou por 90 cidades. No Brasil, a CowParade esteve em São Paulo (2005), Curitiba e Belo Horizonte (ambas em 2006) e Rio de Janeiro (2007), São Paulo e Porto Alegre (2010) e foi vista por mais de 150 milhões de pessoas.

As vacas são pintadas por artistas locais, desde amadores e desconhecidos até profissionais e famosos. Cada artista selecionado receberá R$ 500,00 como prêmio e mais R$ 500,00 de ajuda de custo para confecção das obras.

Segundo o criador da ‘Vaca Anfíbio, Nonatto Coelho, ‘uma das maiores dificuldades é começar qualquer obra de arte. É sempre meio confuso, mas após os primeiros traços a imagem geral vai surgindo. Porém, quando vi o projeto com o desenho da vaca no papel, não imaginava o trabalho que seria pintá-la na escala deste objeto tridimensional. A irregularidade das formas foi o maior desafio da pintura’.

Uma das metas da exposição é promover a responsabilidade social. Por isso, ao final de cada temporada, as vaquinhas são arrematadas em leilões beneficentes com renda revertida para obras sociais das comunidades envolvidas. O projeto já arrecadou quase R$ 4 milhões para ações de responsabilidade social no Brasil. A arrecadação obtida pelo leilão será destinada a entidades sem fins lucrativos.

Comitê de seleção dos projetos em Goiânia

Formado pelos seguintes profissionais:

- Antônio da Mata: diretor de cinema da Secretária Municipal de Cultura;
- Mauricio Mota: design e arquiteto;
- Flávia Rodrigues: arte-educadora da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia;
- Amaury Menezes: artista plástico que presidiu os trabalhos do comitê; 
- Madalena Cabral – artista plástica e Mestre em Arte Urbana da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia.

Artistas Selecionados

Confira a lista dos 50 artistas que participaram da CowParade – Circuito das Vacas, na cidade de Goiânia e suas respectivas obras.

1) Alejandro Zenha – Vaca Déco
2) Alexandre Liah – Vaca do Cerrado
3) Alessandra Alves Mendonça – Vaca Karajá
4) Alessandra Favorito – É de cowração
5) Alice Nascimento Gomes de Oliveira – Oasis
6) Anna Carolina Cruz Veiga Almeida – Maravilha goiana
7) Ana Paola dos Reis – Rendada
8) Carolina Costa Garcia - Borboletas no Estômago – Vaca Apaixonada 9) Cristina Ferrari – Cowrespondência
10) Dilvan Borges – “sem título”
11) Edimar Borges Veiga – Dourada
12) Edney Antunes – Flower Power
13) Eduardo AioG – Cow City
14) Eduardo Luz – Cerrado. Arte de Cara Limpa.
15) Eliezer Ricardo e Francisco Santos – Cow Pequizeira
16) Euripedes Sanana Rosa – Vaca Pantaneira
17) Fernanda Brandão – Mosaico W
18) G. Fogaça – Vaca Cow-urbe
19) Gabriel Silva Côrtes – Cow Ipê-Amarelo
20) Gidel Alves Feitosa Santana – O crepúsculo do Cerrado
21) Graffirma Crew — Que parede ?
22) Gregory Kravchenko – Mió de Goiás
23) Helder França – Vaca-lume
24) Heliana Almeida – Pequi
25) Helena Vasconcelos – As cores do folclore goiano
26) José Augusto Pereira Zeka Neto – Robôi
27) José Joel da Costa Souto – Michael Jackson
28) José Luiz Vale de Carvalho – O que tinha no meu pasto?
29) Leo Romano – Ecowlógica
30) Lucídio Gomes Avelino Filho – Vaca Amarela pulou a janela
31) Marcelo Peralta – Fogo Cerrado
32) Marcos Teles – Cow in road
33) Marcos Naves – Narcisa
34) Meire Santos e Leonardo Maia – Cowzinha
35) Múcio Nunes – Machine Cow
36) Nonatto Coelho – Vaca anfíbio
37) Rafael Ferreira Borges – Ruínas da Atlântida
38) Rodolfo Capuzzo – RaraVaca
39) Sandro Torres – Cow Street Cow
40) Sarah Nunes de Freitas Ottoni – Crochetcow
41) Seilla Regina – Cowlibras Leitora
42) Tânia Maria da Silva – Esperança
43) Thiago Moreira – Cow Reminder
44) Victorio Bastos – Pequi
45) Vinícius Vargas Vieira dos Santos – Karajá
46) Vitor Hugo Cunha – Camuflagem
47) Waltercio Silva Costa – Meu primeiro emprego
48) Walter José de Carvalho – Dracow
49) Wemerson Dhamaceno – Descowlada
50) Siron Franco (Convidado especial) - Vaca atropelada

Veja mais fotos das Vacas e sua localização em Goiânia no link:
http://cowparade.com.br/go/galeria.php

Goiânia - Vandalismo nas obras da Cow Parade revolta população

Espectadores criticam postura de vândalos. Para eles a depredação das obras é um desrespeito ao trabalho dos artistas locais.


Obra: "Oasis". Depredada por duas vezes.

Desde que chegou à capital, o circuito das esculturas de vacas atraem não somente a atenção de quem passa, mas provoca também reações contra as obras. As três vacas expostas, no Parque Vaca Brava, são as que mais sofrem. Elas tiveram partes retiradas, quebradas e arranhadas, já passaram por reparos e sofreram novamente com atos de vandalismo.

A situação tem causado muita revolta e comoção em grande parte da população. O empresário e estudante de Publicidade e Propaganda, Rodrigo Lagoa, avalia negativamente as ações contra as obras. “Sou contra quem picha, suja, tenta roubar, porque desvaloriza o trabalho de uma pessoa.”

A estudante de Jornalismo, Tatiane Fernandes, também é contra atos que agridem as obras. “Eu fiquei um pouco decepcionada e triste com a reação de algumas pessoas com a exposição, porque é raro haver investimentos dessa magnitude na cultura, em Goiânia.”

A exposição, criada há 11 anos, já passou por 90 cidades no mundo. No Brasil a mostra percorreu as cidades de São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Segundo os organizadores as esculturas são em formatos de vaca, porque representam algo mágico, são sagradas, históricas e despertam sorrisos.

Cow Parade em Goiânia

Várias esculturas de vacas, em fibra, pintadas por 50 artistas goianos ocupam pontos estratégicos da cidade. Segundo o produtor local, Sandro Torres, “a mostra é democrática e heterogênea, já que foram escolhidas pessoas diferentes, independente de serem artista, designer, arquiteto ou publicitário, para compor as obras”.

O circuito das vacas permanece em exposição, em Goiânia, até o dia 8 de maio.  Depois as peças serão leiloadas e, o dinheiro, revertido para instituições beneficentes. O lance inicial de cada peça é de R$ 5 mil. Confira a lista com a localização de cada obra no site: http://www.cowparade.com.br/.

Como surgiu a Cow Parade?

 



A Cow Parade surgiu em 1998, quando o artista suíço, Pascal Knapp criou diversas esculturas em formato de vaca com a intenção de provocar o riso. Em 2000, os direitos das esculturas de Knapp foram comprados pela americana Cow Parade Holding Icn.

Desde então foram produzidas 230 miniaturas das vacas, em tiragens limitadas e enumeradas. Novas séries são editadas semestralmente, e comercializadas no Brasil por diversas lojas de presentes e pelo site Submarino. Algumas são obras de artistas brasileiros como a famosa escultura da primeira edição da Cow Parade São Paulo: Rodo Logo Existo, criada por Kiko Cesar, Felipe Madureira e Luiz Almeida e patrocinada pela Pirelli.

A exposição visa promover a responsabilidade social. Ao final de cada edição, as peças são leiloadas e o dinheiro é destinado para instituições sem fins lucrativos. O projeto já arrecadou mais de R$ 4 milhões para ações de responsabilidade social no Brasil.

Quem assina a edição em Goiânia é a Toptrends, representante da Cow Parade no Brasil. A empresa brasileira foi criada em 2004 com a missão de popularizar a arte e a cultura através de projetos especiais, como é o caso da Cow Parade, um dos maiores e mais bem-sucedidos eventos contemporâneos de exposição de arte de rua do mundo.

A exposição visa promover a responsabilidade social. Ao final de cada edição, as peças são leiloadas e o dinheiro é destinado para instituições sem fins lucrativos. O projeto já arrecadou mais de R$ 4 milhões para ações de responsabilidade social no Brasil.

Quem assina a edição em Goiânia é a Toptrends, representante da Cow Parade no Brasil. A empresa brasileira foi criada em 2004 com a missão de popularizar a arte e a cultura através de projetos especiais, como é o caso da Cow Parade, um dos maiores e mais bem-sucedidos eventos contemporâneos de exposição de arte de rua do mundo.

Fonte: Site Oficial.

Bandas goianas buscam novos espaços na cena alternativa local

Falta de oportunidade motivam artistas a realizarem seus próprios eventos musicais.

GOIÂNIA - Reconhecido nacionalmente por seus festivais, Goiás abriga eventos como ‘Goiânia Noise’, ‘Bananada’ e ‘Vaca Amarela’. No entanto, estas produções já não são suficientes para agregar a quantidade de artistas que surgem a cada ano. Com a falta de espaço, músicos de diversas bandas se juntam para organizar seus próprios festivais. Assim, eventos como o ‘Go! Mosh!’, ‘Brutal Fest’, ‘Rock of Children’, ‘In Rock’, entre outros, ganham destaque na cena local, atualmente.


Vocalista da banda Dyatryb, Marcos Vinícios é organizador do ‘In Rock’, festival realizado na cidade de Inhumas, a 40 km de Goiânia. Para o músico, a programação consolidada dificulta a entrada de novos grupos, o que os leva a produzir seus próprios espaços para apresentações.



Marcos Vinícios, organizador
do In Rock.
“O Bananada e o Goiânia Noise são festivais que já têm uma tendência, já têm um público alvo, já têm aquela coisa... Isso nos leva a organizar, a fazer um terceiro, um quarto, um quinto, um sexto eixo. Isso aí sempre vai existir”, afirmou.

Jornalista e produtor cultural, Pablo Kossa compara o momento atual da cena goianiense com aquele em que realizou o primeiro ‘Vaca Amarela’. Assim, como ocorreu com o evento idealizado por ele, o jornalista não descarta a possibilidade de crescimento destes novos eventos alternativos.


Pablo Kossa, idealizador
do Vaca Amarela.
“Minha banda não era convidada para tocar no ‘Bananada’ e no ‘Goiânia Noise’. Eu tive que organizar meu próprio festival. E aí, com esforço ano a ano, o festival ganhou um porte que hoje é respeitado. Esses festivais têm a condição de atingirem o mesmo porte, basta trabalhar forte pra isso,“ relatou.


Otimista, Pablo acredita que o surgimento de novos espaços contribui para o fortalecimento da cena na capital.

“Eu acho excelente estes novos festivais porque a demanda cresceu muito. Se há dez anos tínhamos 100 bandas, hoje temos mil. E todas são de palco, têm que tocar, senão elas não evoluem. E que venham mais ‘Vaca Amarelas’, porque é legal pra todo mundo isso acontecer“, afirmou.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Girlie Hell colhe frutos do CD “Get Hard!”

Banda Girlie Hell.


Em 2011 elas foram contempladas com a lei municipal de incentivo à cultura para a gravação do primeiro álbum, lançado pela Monstro Discos em março deste ano. A Girlie Hell não é apenas mais uma banda composta por garotas. São mulheres que se uniram para fazer Rock n’Roll a la The Runaways - sabem tocar, têm presença de palco, contagiam o público e, principalmente, amam o que faz. Na noite do dia 18 de abril, a banda goiana subiu ao palco do FNAC Café, da loja FNAC, no shopping Flamboyant, e tocou músicas do recente cd “Get Hard!”. Após 40 minutos de show, a vocalista Bullas Attekita, a guitarrista Júlia Stoppa, a baixista Fernanda Simmonds e a baterista Carol Pasquali concederam entrevista e contaram sobre as perspectivas da banda.
                           
Vocês lançaram o primeiro cd recentemente, mas já haviam lançado outro trabalho. Qual é a diferença entre eles?

Carol Pasquali - O “Get Hard!” é o primeiro da banda. Já temos outra gravação, o EP “Shake Your Ass”, que faz parte de outra formação. O cd foi lançado há pouco mais de um mês e já estamos colhendo fruto. Fizemos uma turnê em São Paulo recentemente e a nossa expectativa é fazer mais shows para divulgar o cd e a banda. Temos outros planos para esse ano como clipes e outras músicas... Estamos sempre correndo! 

Como foi o processo de gravação?

Fernanda Simmonds - Foi muito rápido. Quando o cd foi aprovado, mal tínhamos quatro músicas prontas e no projeto tínhamos mandado 11 faixas. O prazo foi muito curto para compormos e deixar tudo pronto para gravação. Como queríamos qualidade, ensaiávamos três vezes por semana cerca de três horas por ensaio. Foi pesado, suado, mas, em mais ou menos três meses, todas as músicas ficaram prontas. A baterista, Carol, gravou sua parte e foi fazer um intercâmbio de seis meses no exterior e ficamos gravando cordas e vocais. Neste meio tempo, ensaiamos com outra baterista, a Tê Manzi, para shows que não tínhamos como dispensar. Quando a Carol voltou, a gravação estava pronta.

Qual é a opinião de vocês sobre a cena alternativa atual?

Carol Pasquali - A cena independente e alternativa do Brasil tem crescido muito nos últimos anos, principalmente nos últimos cinco anos se tornado mais forte e unida. O publico, em termos de número, tem aceitado mais as músicas produzidas fora do mainstream.

E a receptividade do público quanto ao “Get Hard!” e a banda?

Carol Pasquali - Aqui em Goiânia e em São Paulo, que são locais em que já tocamos, o pessoal está aberto e receptivo, indo aos shows, pesquisando sobre a banda, comprando CD e camisetas, entrando em contato com a gente pelo Facebook e Twitter. Nossos shows se tornaram uma alternativa para divertimento nos finais de semana e, nossas músicas, uma opção na playlist das pessoas. Estamos tendo uma receptividade bem legal!

Como vocês definem o som da banda?

Carol Pasquali - O som da banda é rock e ponto final porque misturamos de tudo um pouco. Cada uma tem uma influência e as dividimos. Estamos sempre em constante mudança, escrevendo músicas novas e procurando inovar sempre. São influências do dia a dia, do nosso humor, do que a gente escuta, vive e das pessoas que estão ao nosso redor. Não tem um rock específico. É um rock geral, que vai do Metal ao Hard Rock.

E como foi tocar na FNAC?

Carol Pasquali - Foi o lugar mais inusitado que já tocamos, mas foi divertidíssimo. Um ambiente completamente diferente com equipe de palco muito boa. Muito divertido!

Quando e onde serão os próximos shows?

Carol Pasquali - Ainda neste mês vamos fazer uma mini tour com a banda Dominatrix, de São Paulo. Vamos tocar dia 27 no Metrópolis e, dia 28, no Cult 22, em Brasília. No dia 13 de maio vamos nos apresentar no festival Ponta Urbana, em Valinhos, São Paulo. Vai ter bandas legais, e da cena independente que estão em alta. E dia 27 de maio na Ambiente Skate Shop.

Paralisação do Martim Cererê causa transtornos para produtores culturais e músicos

Centro Cultural Martim Cererê, em Goiânia.

O Centro Cultural Martim Cererê, um dos ícones da cultura goiana, está de portas fechadas para o público desde o início deste ano. A reforma do espaço se tornou essencial após anos de utilização. Embora produtores culturais, músicos, artistas e frequentadores compreendam a necessidade de uma reestruturação, exigem mais agilidade do Poder Público neste processo.

Criado em 1988, o Centro Cultural Martim Cererê (CCMC) é destinado às diversas manifestações culturais tais como a música, a dança, o cinema e o teatro. Nos anos 1990, devido sua estrutura e localização, tornou-se point de festivais de música. Atualmente é referencia nacional do segmento. Trata-se de um ambiente de importante valor sociocultural no qual tribos se confraternizam.

Os produtores culturais relatam perdas pelo fato de não haver outro ambiente com a estrutura do CCMC. “O Martim é um lugar para eventos de médio porte e transferir um público deste tamanho para outro lugar é complicado”, diz o gerente executivo da Monstro Discos, Bruno Lôbo. Além desse problema, fazer eventos em local menores, como é o caso de casas noturnas, acarreta o aumento dos custos e, consequentemente, no valor do ingresso. “Isso espanta nosso público e no fim das contas ficamos com o prejuízo” afirma o diretor da Under Metal Produções, Adriano Alves.

Os músicos também compartilham dessa preocupação. O vocalista da banda Dry, Marco Bauer, acredita que o CCMC é democrático em relação ao público, diferentemente das casas noturnas, nas quais o espaço e o público são restritos. “Por isso perdemos público, divulgação e consequentemente marketing”. Para o guitarrista do Ressonância Mórfica, Luiz Souza, o Centro Cultural Martim Cererê é o melhor espaço para eventos de música de Goiânia “essencialmente pela identidade que o público local tem com o espaço”, afirma.

Reforma

No ano passado foram realizados 139 eventos com público de 48 mil pessoas sem que houvesse manutenção. Na tentativa legitima de evitar acidentes, o atual administrador do CCMC, Márcio Mário da Paixão Junior, fechou a pauta de locações. “Eu não iria continuar com a pauta aberta sendo que isso implicaria em risco da integridade física de quem está aqui”, disse.

Segundo ele, há tentativas, junto ao governo do Estado e a outras iniciativas, para a reforma, mas, que há muita burocracia. “Eu fico batalhando pra reverter essa situação o quanto antes. Essa espera é muito frustrante”, completa. A previsão é que o Centro Cultural Martim Cererê volte a funcionar no segundo semestre deste ano.

O produtor cultural e diretor artístico da Fósforo Cultural, João Lucas de Souza, espera que a paralisação do Centro Cultural Martim Cererê solucione de fato os problemas e que seja breve, para utilização dos produtores e da sociedade. “Esse é o voto de confiança que demos à gestão atual da cultura”, afirma.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Internautas buscam fama através das redes sociais

Com o objetivo de saírem do anonimato, pessoas comuns utilizam cada vez mais as mídias sociais para alcançarem notoriedade. Graças à facilidade e capacidade de difusão de informação proporcionada, blogs, sites de divulgação de vídeo e de relacionamento, tornaram-se ferramentas eficazes para quem busca a fama no meio virtual.


Para o mídia e analista de sistemas da MTV Brasil, Krishna Pennacchioni, o interesse pelas mídias sociais como instrumento de divulgação deve-se ao fato de que “a geração atual adaptou-se aos grandes problemas sociais de seu tempo, encontrando na internet o espaço aberto para criar, entreter-se e construir relacionamentos”, e destaca, “todos estão na internet, esse é o caminho para expandir as possibilidades e conquistar uma oportunidade tão desejada”.


Compositor Clayton Stangge.
Um adepto do universo virtual é o compositor Clayton Stangge. Usuário de redes sociais há anos, Clayton utiliza seus perfis para a promoção de seus trabalhos dentro do ciberespaço.

“Sempre fui um grande explorador das redes sociais, e utilizei todas as que foram surgindo ao longo do tempo para divulgar as composições que consegui que fossem gravadas”, afirma o compositor.


Em 2011, por estar envolvido com a divulgação de informações na rede, Clayton Stangge foi incluído nas listas dos maiores geradores de tendência do gênero sertanejo pelo site especializado Zona Dez, famoso em todo o Brasil por sempre trazer novidades da música sertaneja em primeira mão.


Krishna avalia essa capacidade da internet de ocasionar notoriedade instantânea como positiva. Para o analista, ela gera oportunidades àqueles que talvez dificilmente saberiam da sua existência. “Em um mundo onde os hits são cada vez mais difíceis de se produzirem, a internet quebra esse paradigma”, arremata Krishna.