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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fé pela música

 

“A fé move montanhas”. Nos dias de hoje, essa frase pode ser traduzida como “a fé também move a economia de um país”. No Brasil, empresários e grupos cristãos que investem na venda de produtos religiosos ou na propagação de Jesus Cristo não podem reclamar do mercado.

A música Gospel movimenta bilhões de reais ao mês no comércio de CDs, DVDs, livros, camisetas, terços e uma infinidade de artigos que louvam e edificam a Deus. Esse gênero tem crescido significativamente e pode ser analisado com base no investimento de gravadoras multinacionais que passaram a investir nesse “ramo”. Parte desse fenômeno se deve também à melhoria do poder aquisitivo dos evangélicos, que acompanha o crescimento econômico do país.

Sem dúvida o crescimento da igreja evangélica no Brasil é significante. Nos últimos anos a música gospel ganhou destaque no cenário musical brasileiro. Sucessos lançados caem na boca do povo, coisa que dez anos atrás era quase impossível de acontecer. Algumas músicas merecem um destaque maior, e são tocadas até em rádios não-Gospel, como: “Faz um milagre em mim”, Régis Danese e, “Eu sou de Jesus”, Irmão Lázaro. Há também outras que ficam apenas no universo evangélico, mas que também faz muito sucesso.

O Brasil é o segundo país com maior número de evangélicos no mundo, ficando apenas atrás dos EUA. Esse prodígio vem principalmente das igrejas pentecostais que pularam de 9,5% em 1930 para 66% do total de evangélicos em 1980, sendo lideradas pela Igreja Evangélica Assembléia de Deus, que comporta o maior número de fiéis do país. O crescimento é tal que se continuar no mesmo ritmo, segundo estatísticas, a igreja evangélica no Brasil alcançara 50% da população no ano 2045. Contudo alguns outros fatores proporcionaram o crescimento da música gospel, como: desenvolvimento das produções; ritmos mais populares com conteúdo cristão; e grande qualidade vocal.


As produções evangélicas hoje se tornaram referência para os outros gêneros. Os cantores seculares já as ouvem para aperfeiçoarem seus projetos, principalmente a técnica vocal. Além disso, gravadoras seculares conceituadas estão contratando cantores evangélicos e produzindo discos com conteúdo cristão. Como é o caso da gravadora Som Livre, das organizações Globo, que investe cada vez mais no segmento. Emissoras que antes ignoravam o movimento evangélico hoje abrem espaço pra tal movimento. Por exemplo, a Rede Globo recentemente fechou parceria para a organização do Troféu Promessas 2011, que será transmitido por ela.

Na esfera mais musical, especificamente nos ritmos, as transformações contribuem também para esses avanços. O rock, pop, dance, funk, hip-hop, pagode, axé, samba, forró, reggae, dentre outros, são facilmente achados nas produções evangélicas. Sem esquecer também da música clássica, que ainda existe de forma minoritária. O público evangélico é exigente com respeito à técnica vocal. Além de unção, carisma e boa música, o cantor deve ter uma boa técnica vocal.

História da Música Gospel

Apesar da origem norte-americana, há diversos aspectos na história da música Gospel semelhantes com a musica do Brasil. A cultura brasileira teve diferentes rumos, porém as raízes têm mesma origem e formas: a religião católica, predominante desde a colonização do Brasil.

“Boas Notícias”

A palavra Gospel em resumo significa: “Boas Notícias”. O Gospel é mencionado no Novo e Velho Testamento. Apesar de simples, tem significado profundo; são os anúncios que Deus nos proporciona para seguirmos nosso caminho através da fé e sabedoria divina. “O remédio de Deus” entre outros significados. Muitas outras interpretações podem ser formuladas dentro do conceito de “Boa Notícia”, fato de discussão entre os pastores até hoje. Como exemplo da complexidade da palavra está a afirmação do Diácono Whrite a respeito: “Jesus era uma boa notícia ao mesmo tempo em que ela a trazia para os que necessitavam”.

A música Gospel que conhecemos hoje é uma forma de música com profundas raízes na tradição dos escravos afro-americanos assim como nas músicas africanas tradicionais. Suas fundações vieram dentro de um enorme choque cultural que, de uma maneira sofrida, porém criativa, agregou a cultura africana com as tradições européias.

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